segunda-feira, dezembro 18, 2006

Chega em casa cansado, domingo à noite, depois de ter tido um dia maravilhoso na chácara de uma amiga, exceto por si. Entra direto no quarto, liga o radio e se deita na cama.
Como forma de melancolia, deixa as lembranças se personificarem...
...Dois amigos sentados numa praça tomando chimarrão...o silêncio entre eles é ensurdecedor. Nem mesmo o som das crianças brincando é escutado. A dúvida paira sobre um deles:
"Por que é tão difícil dizer o que se sente? como dar nome aquilo que se sente?"
Sem saber que está falando, um deles profere: "Obrigado por tudo meu amigo, meu irmão. vou sentir tua falta, acho que sou um egoísta, porque não gostaria que tu viajasse."
E este escuta:" Os amigos são pra sempre quando vivem como irmãos!"
E após isso, o silêncio é inexistente. E só ouvem o barulho das suas risadas, conversas jogadas ao vento e o barulho do chimarrão informando que precisa de mais água na cuia.
Refeito deste devaneio, senta-se na cama e pensa ao som de u2:
"Uma das coisas mais importante que conseguimos fazer, é entrar na vida de alguém e saber que em algum detalhe, em algum momento, essa pessoa não será mais a mesma por nossa causa. E se quiser saber se fui bom na vida, pelas pessoas que cruzaram meu caminho terei a resposta"
E com um sorriso , ouve sua música e se lembra da célebre frase doe Saint-Exupéry : Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativares...” e se deita de novo com a consciência tranqüila...

terça-feira, dezembro 05, 2006

Vida...

Entre altos e baixos vou vivendo. Não me deprimo mais com isso.Nem mesmo sinto auto piedade. Certa vez li,ou ouvi ou até mesmo delirei imaginando que isso é viver, cair e levantar, dar uma parada no meio do caminho para pegar fôlego e seguir a caminhada, jamais retroceder os passos, se perder no meio do caminho, porém, visionar sempre a trilha correta. Isso pelo menos me alegra ao saber a diferença entre viver e existir. Apesar de tudo, estou tentando viver.
E nessas andanças e voltas, tem um livro que costumo reler, que me faz derramar muitas lágrimas, sorrisos e instiga a ver a vida com outros olhos. Faz eu lamentar uma infância perdida numa juventude mal vivida.Mas também faz eu manter sempre a esperança de recuperar essa pureza, essa beleza do ser e do viver. Me inspira a olhar o mundo e as pessoas com os olhos do PEQUENO PRÍNCIPE.

"...E se passarem por ali, eu lhes peço que não tenham pressa e esperem um pouco bem debaixo da estrela!Se, de repente um menino vier ao encontro de vocês, se ele rir, se tiver cabelos dourados, se não responder quando for perguntado, advinharão quem ele é.Façam-me então um favor. Não me deixem tão triste:escravam-me depressa dizendo que ele voltou..."